Além de ira, procuro a palavra exata, que defina
o que sinto quando eu me deparo com tua boca
entreaberta: o hálito exala das páginas do jornal,
meu o dicionário míngua. Súbito, várias palavras
varejeiras circundam o podre da tua língua, duas
dípteras zumbem voam saltam, não do meu olhar,
mas do estômago, talvez mais exatas, reverberam
revelam ante o teu sorriso de lagarto esta náusea
que perfume algum, nenhum frasco afasta, fedem,
precisas, duas pequenas palavras que te traduzem:
nojo
asco
Excerto de “A DEMÊNCIA DO TEMPO (Poesia para não enlouquecer ou manual de sobrevivência- um diário poético da quarentena sob o signo de um Poder demente).
Infelizmente, ainda em andamento.
Excerto de “A DEMÊNCIA DO TEMPO (Poesia para não enlouquecer ou manual de sobrevivência- um diário poético da quarentena sob o signo de um Poder demente).
Infelizmente, ainda em andamento.
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